Acordei com o barulhinho da chuva na vidraça, num
friozinho fora de época. Olhei para o relógio e me espantei:
‘’nossa, como dormi!”
Ao lado, um calendário. Estávamos no mês de outubro
e o dia vinte e quatro estava assinalado. Fazia quinze anos que,
depois de um coma irreversível de quatro dias, meu pai se foi. Que
saudade! Parece que foi ontem! Num impulso, peguei um caderno na
cabeceira, e abri o meu coração para Deus, numa longa carta.
Li em algum lugar, escrito por Natasha Josefowitz:
“Meu pai morreu há muitos anos e ainda falo com ele... não é que eu
saiba realmente que ele me escuta, mas acreditar nisso, faz-me
sentir melhor.” Assim acontece comigo.
Contei na minha carta fatos, abri minha alma, meu
coração. Falei de saudade e pedi que meu pai pudesse orar por nós.
Duas folhas inteiras e no final: “Pai, eu te amo, Pai, eu te amo...
te amo... te amo!”
Levantei-me, tomei um banho, sentia-me nublada também
por dentro. Estava sozinha. Fui para a cozinha, preparei meu café,
liguei o rádio. Estava dando um programa do Padre Marcelo Rossi. Não
estava prestando atenção, até que ele clamou pelo Espírito Santo e
iniciou uma oração, com um fundo musical que me tocou
profundamente.
Parei de comer e acompanhei a oração. De repente,
saindo do contexto, o padre murmurou: “Filha, eu também te amo... te
amo... te amo...”
Depois, meio confuso, o padre se justificou: “não sei
porque o Senhor colocou essas palavras na minha boca, mas Ele e a
pessoa a quem foram destinadas sabem.”
Estremeci. O Pai me respondia. Chorando emocionada,
abri a janela e olhei aquele céu fechado. Eu via, por trás da
garoa, um sol brilhando intensamente. Tive duas certezas: o amor de
Deus por nós é infinito... e a morte? Ela não existe!
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Vinte séculos depois da gloriosa ressurreição de
Cristo, dezenas de milhões de seres humanos continuam a crer nele,
aguardando o seu retorno, conforme prometeu.
Depois da ressurreição,
os discípulos passaram de homens medrosos, que tinham pavor de serem
identificados com Jesus, a testemunhas corajosas, que proclamavam a
fé em Jesus no meio de seus inimigos. Estavam até mesmo dispostos a
morrerem por sua fé, o que veio de fato a ocorrer, sinal evidente de
que realmente haviam visto Jesus ressuscitado. Na verdade, os
discípulos anunciavam que acreditavam justamente porque tinham sido
testemunhas oculares das manifestações do ressuscitado.
A ressurreição de Jesus constituiu o verdadeiro
centro da pregação cristã primitiva, feita pelas testemunhas
oculares dos primórdios da Igreja. Mesmo os estudos históricos
críticos concluem que o ensinamento sobre a ressurreição data
virtualmente da época das próprias experiências das testemunhas
oculares. Assim, jamais se poderá dizer que ela tenha sido uma lenda
posterior acrescentada à mensagem cristã.
A Igreja teve início imediatamente, cresceu e
floresceu, adotando como centro de seu culto e de sua evangelização
o anúncio da ressurreição de Jesus.
O fenômeno da Igreja: seu domínio e expansão por toda
a terra, conforme previsto por Jesus, é outro indício que reforça a
autenticidade do evento original.
A dramática conversão de Paulo constitui uma prova
ainda mais convincente. Paulo uma pessoa inteligente, inimigo
convicto do cristianismo, mais tarde se transformou no “Apostolo dos
gentios”, o maior evangelista de todos os tempos. Quando todas essas
provas e evidências são consideradas em conjunto, a ressurreição
histórica apresenta-se como a melhor explicação dos fatos, já que
eles não conseguiram ser explicados de nenhuma outra forma.
Jesus havia predito sua morte e ressurreição mais de
uma vez, e diante de seus inimigos. E é esta a razão porque eles
ordenaram a guarda do sepulcro, por terem ouvido as afirmações de
Jesus de que “ressuscitaria no terceiro dia”. Essas predições
revelam que a ressurreição foi algo planejado por Deus.
As evidências mostram que Jesus ressuscitou dos
mortos, conforme prometera que faria.
As aparições também ilustram o destino do homem. Com
a entrada de Jesus ressurreto na condição de vida definitiva. Aquele
que entra em contato com o ressurreto através da fé, um dia, estará
com ELE.
Um fato verídico: dois jovens conversavam sobre
religião, sendo que um deles era cristão e o outro muçulmano. Em um
dado momento, a conversa tomou um rumo mais áspero, quando o rapaz
muçulmano passou a recitar as “vantagens” do Islã sobre o
cristianismo:
― Nós temos em Medina, o túmulo onde jaz o nosso
profeta Maomé. Onde todo fiel pode ir, ver e tocar. Mas o túmulo do
fundador de sua religião, não passa de uma tumba vazia. E...
O jovem muçulmano calou-se repentinamente,
apresentava agora uma expressão confusa, atônita. Ele
irremediavelmente havia perdido a discussão. Pois lembrou-se do
motivo que fez o túmulo de Jesus ficar vazio:
CRISTO RESSUSCITOU!
Maomé nunca prometeu retornar, nem Buda, nem o
fundador de qualquer outra das religiões mundiais. Apenas Cristo
ousou fazer essa promessa e só Ele deu credibilidade ao deixar o
túmulo vazio. Esse fato indubitável é razão suficiente para levar a
sério sua promessa que voltará a essa terra com poder e grande
glória para resgatar a Sua igreja e executar julgamento sobre seus
inimigos.
“É me dado todo o poder no céu e na terra” - declarou
Ele a Seus discípulos (P. 28:18). E aparecendo a João, décadas
depois, afirmou: “Não temas, eu sou o primeiro e o último, e aquele
que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos
séculos, e tenho as chaves da morte e do inferno”. (P. 1:17,18).
Quem exige milagres para crer, não percebe o maior
deles: a sepultura se tornou o trono de um
REI!
O cristianismo não é uma religião de seres, que se
aproximam de Deus através de “boas obras”; nem significa obediência
a um padrão de ritos religiosos. Pelo contrário, trata-se da relação
com um DEUS VIVO.
Se Ele vive, nós também viveremos!
Creio firmemente:
Daqui a muitos anos, estaremos unidos, numa AVBAP no
céu!
Continuaremos lendo textos lindos dos amigos e
escrevendo poesias...
porque A MORTE NÃO EXISTE!
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