Maria José Zanini Tauil
Bastou
que,
com
gestos de
p e r d ã o
e
a... cei ... ta ...ção,
agitássemos as cinzas da fogueira extinta...
PARA QUE A LABAREDA ROMPESSE O AR...
E crescesse forte...renovada!..
Reeditei os arquivos da memória,
jogando sobre eles,
novos momentos...
Soterrei tristezas já antigas,
senti-me forte...
Já não sou marionete de conflitos
e dirigi minha história
no palco da vida...
Consegui auto-domínio,
gerencio pensamentos...
e até emoções...
Tento esquecer reações ansiosas,
momentos de solidão,
dessa colcha de retalhos
de sentimentos desencontrados,
que moviam o moinho do meu coração...
E eu,
que havia pensado,
que no palco do meu drama,
chegara ao ato final,
me ergo das cinzas, como fênix,
com um amor mais amadurecido...
Reabasteço a velha chama...
O passado?...
Esse... só serviu de alicerce,
ganhou nova edificação...
Não é tarefa fácil
reconstruir sobre escombros...
Deletar?...
Não posso,
não consigo...
Mas não importa...
Remasterizo o filme antigo,
dou-lhe novos matizes,
novas cores, novas formas...
e, com que alegria percebo:
Meus arquivos já não travam,
nem bloqueiam os pensamentos...
Torno-me a autora da minha biografia...
Isso só foi possível,
porque um fio tênue
mantinha dois corações plugados...
Foi necessário que houvesse
a pedra no caminho, pois tropeçamos
e eu caí nos teus braços...
Recebemo-nos...
Amparamo-nos...
com carinho renovado...
Hoje,
seguimos, de mãos dadas
e alimentamos a chama
para que o fogo do amor,
nunca ...
Nunca mais se apague...
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