Por trás do naufrágio do Titanic, no filme, havia uma grande história de amor. Jack (Leonardo Di Caprio) e Rose (Kate Winsleta) emocionaram milhões de pessoas mundo afora com um relacionamento proibido, no melhor estilo "Romeu e Julieta", por pertencerem a classes sociais distintas. Um sentimento tão forte que emociona até mesmo com Gloria Stuart, intérprete de Rose já idosa, cujos olhos brilham ao lembrar do amor da juventude. Muitos foram às lágrimas com o derradeiro desfecho dessa história, ajudando Titanic a alcançar marcas impressionantes nas bilheterias ao redor do planeta.

O navio foi construído nos estaleiros da Irlanda do Norte. Na noite de 14 de abril de 1912, durante sua viagem inaugural, entre Southampton, na Inglaterra e Nova York, nos Estados Unidos, o Titanic se chocou com um iceberg no Oceano Atlântico e afundou, duas horas e quarenta minutos depois, na madrugada do dia 15 de abril. Até o seu lançamento em 1912, ele foi o maior navio de passageiros do mundo. O naufrágio hierarquizou-se como a maior catástrofe marítima de todos os tempos. O Titanic provinha de algumas das mais avançadas tecnologias disponíveis da época e foi popularmente referenciado como "inafundável".

Na época, foi um tremendo golpe no orgulho humano que, com suas conquistas recentes, julgava, arrogantemente, ter dominado definitivamente a natureza. As declarações de seus proprietários e construtores, os elogios da mídia, tornaram o Titanic “insubmersível”, um navio que até “o próprio Deus” não poderia afundar. A confiança era tanta que, com a chegada das primeiras notícias sobre o choque com o iceberg, ainda se afirmava que a embarcação permanecia flutuando, que nenhuma vida se perdeu. A questão maior era saber qual doca, nos Estados Unidos, conseguiria receber tão grande embarcação para reparos.

A destruição das torres do World Trade Center, quase 90 anos depois, também chocou o mundo.

O que as duas catástrofes têm em comum? Ambos eram símbolos do auge da tecnologia, da invencibilidade e do poder. Ambos considerados impenetráveis. As torres foram construídas para sustentar o impacto de um jato. Ambos eram os maiores de sua classe, quando construídos, no entanto, viraram cemitérios de pessoas e de sonhos. No Titanic, 1513 pessoas e no WTC, mais de 5000.

Consegue o homem vencer a natureza? Que lições podemos tirar desses tão grandes acidentes, que abalaram o mundo e os outros tantos que continuaram a acontecer?

Em Lucas 12:13-21: “Louco, esta noite pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si e não é rico para Deus.”

Em “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” A vida é breve, imprevisível. Nosso investimento deve ser naquilo que há de permanecer, que ninguém poderá tirar de nós. Preocupamo-nos com muita coisa que perde o significado à luz da eternidade. O mundo é inconstante e perturbado. Nos últimos vinte anos, temos presenciado mudanças tão aceleradas, que tiram o nosso fôlego. Construímos nosso futuro sobre areia movediça. Que elevemos nossos olhos, não para as altas torres ou tecnologias inabaláveis, mas sim, para aquele que é nossa única esperança:

”Ergo os olhos ao monte de onde me vem o socorro; meu socorro é o Senhor, que fez o céu e a Terra (salmo 121)

Em Crônicas 7:14, o conselho: “Se meu povo, que me chama pelo nome, se humilha, se orar e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei seus pecados e sararei a sua terra.” São palavras sábias, aplicadas a Israel, mas cujo princípio se aplica para nós. Precisamos cultivar nosso relacionamento com aquele que habita o Santo Monte.

Nos Estados Unidos está acontecendo um fenômeno interessante. Jovens, antes apáticos, estão se inscrevendo no exército. Um espírito patriota, uma febre nacionalista começa a ferver em suas veias.Isso é muito bom, mas devemos nos preocupar também com a pátria espiritual, pois por aqui tudo é efêmero, tudo acaba, tudo passa.

Poucos avaliam eventos contemporâneos à luz da perspectiva bíblica. Deus nos chama a amar as pessoas do mundo, sem amar o mundo e o que ele nos proporciona, pois tudo é passageiro.

Não tardiamente, o homem está descobrindo que não vence a natureza, ao contrário, a está destruindo. O trabalho pedagógico da Educação Ambiental está direcionado a cada indivíduo que constrói e constitui a sociedade e a natureza. É no todo, na relação ser- humano-natureza-trabalho, que a educação ambiental está preocupada em agir, em busca de redimensionar a relação do homem com a natureza e vida digna para todos. A poluição é, essencialmente, produzida pelo homem, que já maltratou bastante a natureza, com tanta tecnologia. Para viver precisamos de alimento, de água (não poluída) e ar (não poluído). Só podemos vencer a natureza obedecendo-a.

“Harmoniza-te com todas as coisas do céu e da terra. Quando te harmonizares com todas as coisas do céu e da terra, nada poderá te fazer mal.” (Masaharu Taniguchi-líder religioso japonês)

A tecnologia não produziu nada, até hoje, que seja infalível. Lembremos do aviãozinho, o CESSNA 560 XLS, que matou o ex governador de Pernambuco e candidato à presidência. Não era “infalível?” Caiu em Santos e apresentava um histórico de voo perfeitamente seguro, mesmo com mal tempo.

Deus criou a natureza e o homem para usufruir dela. Que perfeição tem o corpo humano! Que magnífica máquina!Tudo tem uma razão de ser, uma função. Que tecnologia pode se comparar? Claro que Ele deu inteligência ao homem para criar, descobrir, mas sem ter a pretensão de ser Deus. 

“NUM MUNDO EM CAOS, QUE PARECE SEM PLANOS,

DEUS CONTINUA SOBERANO.”

 

 

 

Música: Tema de “Titanic”

 


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