Estamos em clima de Copa do Mundo e nossa terra sedia o evento.
Creio que nenhum de nós terá a oportunidade de testemunhar tal fato
de novo. Nossas crianças, desde pequeninas, conhecem a bola. Essa
palavra está no rol das dez primeiras que falam, quase sempre. O
sol, na nossa visão, é uma bola acesa que brinca no céu. A Terra
também é redonda e pelos seus campos, muitos jogam com ela. Rola a
bola, o mundo rola, o mundo gira em torno da bola.
Com a bola no pé e as cores pátrias no peito, começou a marcha para
a conquista da glória, nos campos de batalha do nosso país,
preparados para o acontecimento. Guerreiro vencido é anjo caído. A
camisa verde-amarela é símbolo da identidade coletiva. É proibido
perder, pois o fracasso é o único pecado que, para o torcedor, não
tem redenção.
A princípio, desprezado pelos intelectuais, pelos conservadores. A
idolatria da bola era coisa da plebe, que só pensa com os pés. O pão
e o circo, realização no subalterno gozo de massas castradas; um
desvio de energia. Mas, como é perversa a fascinação! Um dia, o
futebol deixa de ser bobeira dos ingleses e dirigentes anarquistas
denunciam: “maquinação da burguesia!” “É para evitar greves!”
“manobra imperialista!”...tudo com o objetivo de reduzir a
inteligência!
Mas de que adiantou tanto protesto?
O futebol virou o ócio do povo.
Esse esporte também teve a magia de quebrar preconceitos. Epitácio
Pessoa, presidente do Brasil, em 21, baixa o decreto: nenhum jogador
de pele morena. Razões? Era impossível ser negro no futebol. O único
mulato do Fluminense branqueava a cara com pó-de-arroz. Só mais
tarde, o futebol, pelo racismo mutilado, mostrou plenitude nas cores
diversas. Hoje é fácil comprovar que foram os negros os melhores
jogadores do futebol brasileiro, todos vindos da pobreza. A miséria
torna o menino apto ao futebol ou ao delito. Percebemos então, que é
a única varinha mágica que transforma um pobre menino negro ou
branco em herói.
Poucas denominações cristãs condenam o futebol, mas não há nenhum
amparo bíblico para isso. Há diversos atletas cristãos, nas diversas
modalidades esportivas. Talvez esses “crentes” estejam necessitando
de orientação e mais estudo da Palavra de Deus. Com certeza, é má
interpretação da Bíblia. Se a medicina diz que faz bem para a saúde
fazer exercícios físicos, então é sábio praticar esportes.O homem
não pode ser espírito e corpo continuamente tensos.
Segundo São Tomás de Aquino, o divertimento e o repouso não eram
fins em si, mas meios para se preparar para a ação. Ele afirma que
“o homem moderado deseja coisas agradáveis para conservar a saúde e
manter o corpo em boa forma”.
O cristianismo enterrou o esporte antigo e, paradoxalmente, abriu
caminhos para o esporte moderno.
Na Bíblia, a vida espiritual é diversas vezes comparada aos
esportes, principalmente, envolvendo corrida e luta. Em 1 Coríntios,
capítulo 9 versos 24 e 25, Paulo compara a vida cristã com uma
corrida no estádio.
Certamente, ele estava fazendo referência aos jogos olímpicos da
Grécia Antiga. Por mais que se esforçassem e vencessem, os prêmios
recebidos pelos atletas eram apenas coroas feitas de folhas de
oliveira (por isso, ele diz que são coroas corruptíveis, e as
comparam com as coroas desta vida).
Observaremos alguns pontos comuns entre vida espiritual e esporte.
Ei-los:
E Esforçar-se pelo prêmio: “Não sabeis vós que os que correm no
estádio, todos, na verdade, correm, mas um só é que recebe o prêmio?
Correi de tal maneira que o alcanceis.” (1 Coríntios 9:24):
No esporte, é sempre exigido do atleta que ele se esmere, treine,
ensaie, tenha garra, força, vontade, etc. Um atleta apático nunca
vence. Um jogador que não está em forma não joga. É sempre assim. E
que o se esmera ganha habilidade, técnica, se torna bom atleta.
NA VIDA ESPIRITUAL TAMBÉM SOMOS CHAMADOS PARA NOS ESFORÇAR.
E desde os dias de João, o Batista, até agora, o reino dos céus é
tomado a força. (Mt 11:12)
“Esforçai-vos, e portai-vos varonilmente, ó filisteus, para que
porventura não venhais a ser escravos dos hebreus, como eles o foram
vossos; portai-vos varonilmente e pelejai.” (1 Samuel 4:9)
“Vós, porém, esforçai-vos, e não desfaleçam as vossas mãos; porque a
vossa obra terá uma recompensa.” (2 Crônicas 15:7)
Como todo atleta que se supera em busca da vitória, devemos superar
as barreiras.
Um dos esportes que definem bem o que são os obstáculos é a corrida
com barreiras. O corredor corre e pula barreiras. Todo cuidado é
pouco. Na vida espiritual existem diversas barreiras a serem
vencidas. As barreiras da parte de Deus são chamadas de provação. As
outras são chamadas de tentação e perseguição e vêm da parte do
diabo, da carne e do mundo.
No Salmos 18,29:
“Pois contigo desbarato exércitos, com meu Deus salto muralhas.”
Em João 16:33:
“Tenho-vos dito estas coisas, para que em mim tenhais paz. No mundo
tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.”
(João 6:33)
“Prossigo para o alvo pelo prêmio da vocação celestial de Deus em
Cristo Jesus.” (Filipenses 3:14)
Nenhum atleta compete só por competir. Todos querem a vitória,
querem o reconhecimento. E é na busca desse ideal que o atleta fixa
o seu alvo.
Daí é que vemos como, por exemplos, ginastas chegam a passar de oito
a dez horas por dia treinando para poder competir à altura dos
grandes atletas.
Se não houver nenhum alvo definido na nossa vida, que motivação
teremos para crescer na fé e na obra de Deus?
O atleta deve se apresentar aprovado: “Procura apresentar-te diante
de Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar,
que maneja bem a palavra da verdade.” (2 Timóteo 2:15)
Preparando-se para a competição: “Portanto, nós também, pois estamos
rodeados de tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço,
e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança
a carreira que nos está proposta.”
(Hebreus 12:1):
O apóstolo Paulo, ainda comparando-se a dois esportistas –o corredor
e o pugilista, também disse: “Corro, não sem meta. Assim luto, não
como desferindo golpes no ar.” Em outras palavras, ele quis dizer
que, assim como o atleta, que, no momento da competição, tem o
objetivo de levar o prêmio, a nossa vida deve estar fundamentada em
objetivos definidos. Não devemos ser como uma folha seca, que é
levada sem destino pela força do vento.
Muitos vivem sem objetivos definidos na sua vida. Outros, traçam
objetivos errados acreditando que estão no caminho certo. Precisamos
viver com objetividade, mas isso é seguro somente quando nossos
propósitos de vida estão em conformidade com os que Deus planejou
para nós.
Quando nos dedicamos em cumprir tais propósitos, como faz o atleta,
antes e durante a competição, estamos certos de que alcançaremos,
pela graça de Deus, o prêmio que Jesus prometeu:
“Se fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida.” (Apocalipse 2,10)
COPA 2014 BRASIL - QUARTO LUGAR
ALEMANHA X BRASIL
7 X
1 (HUMILHANTE!)
Sublimação... ritual
Onze homens de calção
Sem
espada vingadora
Guerreiros sem armas
Sem
couraças
De
amarelo e azul
Sem
poderio nos pés
Mas
confirmam a fé
No
fatal confronto
Bombardeio de boladas
Que
difícil entrada!
Um
trem... o massacre
E
passam para a história
De
todas as copas
GOTT IST BRASILIANISCHE!
Chega de futebol!
Deus quer que lutemos
por
um Brasil melhor!
Que
venham as urnas!
Reafirmaremos:
DEUS É BRASILEIRO!
FINDA O SONHO DO HEXA.
O
BRASIL TEM OUTRAS PRIORIDADES |