Arquivei a pessoa que eras
numa pasta chamada passado
E habitas minhas lembranças,
como se fosses outro ser...
Quantas vezes achei necessário
deletar...
jogar na lixeira...
Ou imprimi-las todas
e jogar pela janela,
para voarem
como plumas ao vento...
Mas,
como é bom
nos momentos de solidão
e desesperança,
abrir aquela pasta,
fechar os olhos,
imaginar-me com vinte anos,
bailando em seus braços
por entre casais de namorados...
As lembranças me reabastecem
quando estou triste...
E se fosse possível voltar ao passado,
faria tudo igualzinho,
para viver os mesmos momentos
outra vez....
Maria José Zanini Tauil
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