Minúsculas: Maria José
Maiúsculas : Renato Baptista
Embora de olhos abertos
PISCAR INCESSANTE QUE ALUCINA
Sinto-me cega
TRANSPARENTE COMO PINCELADAS DE VOLPI
São paixões desencontradas
ACOMETIDAS PELO SILÊNCIO QUE ATORDOA
São buscas falidas
ESMAECIDAS E ENVOLTAS EM FUMAÇA
Como se fosse possível
TAREFA SURREAL TAL QUAL GUERNICA
Transplantar para outro amor
QUE NÃO SERÁ NUNCA AMOR
O que o coração elegeu
E GUARDA COMO TESOURO INTOCÁVEL
E busco teu rastro
EM CADA ESQUINA QUE DOBRO
Porque és a água que falta
QUE DÁ A VIDA EM FLOR
À minha alma sedenta
QUE TÃO SOMBRIA AGONIZA
És a fome que me faz sucumbir
A SEDE QUE ME LEVA À BUSCA
És o ar escasso
QUE MEU PULMÃO ASPIRA
Que com ânsia procuro
ENVOLTO EM LÁGRIMAS MALDITAS
Mesmo sorrindo,
TRISTE DEVANEIO LÚGUBRE E MENTIROSO
Os olhos me traem
PORQUE NÃO MAIS ENXERGAM
A imensa tristeza
DA TUA AUSÊNCIA QUE FICOU TATUADA
A doença da alma
QUE HABITA O PERISPÍRITO SEM FORMA
A chaga aberta
COMO FERIDA ESCULPIDA E PERPÉTUA
E mesmo que haja
APENAS QUE PRESSUPOSTO
Burburinho ao redor
DESCRITÍVEL FANFARRONICE À TOA
Meu silêncio persiste
INDUBITAVELMENTE TRISTE
A saudade irreversível
QUE ATORDOA AS MADRUGADAS VAZIAS
Sangra, explode, sufoca
ARRANCA PEDAÇOS SEM LICENÇA
Certeza e dúvidas se cruzam
NUM EMARANHADO DE PESADELOS SOLENES
Mas são paralelas
NEM SEI SE SÃO REAIS
As nossas estradas
TÃO SOMBRIAS E PINTADAS COM LÁGRIMAS
Caminhamos sempre assim...lado a lado
Sem jamais estarmos juntos
...................................
SEM JAMAIS ACORDARMOS.
MIDI: PARALELAS
BELCHIOR
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