A tristeza triste
Disfarça-se em ondas
Esparramando os cabelos no litoral
Desfazendo o dia
Um soluço repercute nos confins invisíveis
No interior dos caramujos
A maresia ecoa sua última saudade
Maresia chamando
Maria
Maria
Ancorou a dor que sentia
Aportando lento
Em terra ficando fria
Na deserta concavidade da costa do mar
Ancorou para chorar
Num pequeno cais
Uma lágrima
Uma ausência
Um desacontecimento
O lutuoso remendo da noite
Sua tenuíssima rede sem peixe
O bravo peito sem Maria
O vento sem brandura
Levou a calmaria
Abandonou miragens e estrelas
Como vinho sem doçura
Como em roça desbotada
Geme a terra de amargura
Assim ficou João
Assim chorou
Quando perdeu Maria
Sou professor de línguas e literatura.
Escritor, poeta e contista.
Moro em Belém do Pará.
Livro publicado: DIZERUDITO - poemas
Amo escrever. Sou um militante da justiça
e da paz.
Nossa única dívida é para com os
pobres irmãos que sofrem.
Nossa única dívida é a fraternidade.
Poeta dos bons, de incríveis
construções metafóricas.
Conheci-o
comentando minha poesia no site
USINA DE LETRAS.
Depois, descobri
que não era um simples leitor.
O rio
de inspiração e talento transborda nesse
paraense, de Belém. Hoje sou eu a leitora.
Obrigada, querido amigo,
pela homenagem
do poema.
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13.01.2005, a sua é a visita número
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