Queria aceitar
todo
o perdão que ela me pedisse,
e me
desculpar
pelo
que eu disse e pelo que eu não disse.
Queria apagar
toda
lembrança que lhe perturbasse,
e
reavivar
momentos bons que ela não mais lembrasse.
Queria enxugar
as lágrimas que ela derramasse;
me
penitenciar,
pagar
por tudo o que ela me cobrasse.
Queria dar fim
a
qualquer dor que ainda lhe torturasse,
tatuando em mim
as
cicatrizes que o amor deixasse.
Queria afogar
todas
as mágoas que ela guardasse
e me
sufocar,
guardando o ar pra que ela respirasse.
Queria poder
lhe
dar o céu, se ela me pedisse,
ou
então morrer
todas
as vezes que não conseguisse.
Depois lhe apertar
num
louco abraço e nos fundir num só,
pra
nos desintegrar:
do pó
nascidos, retornar ao pó.