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Autora:
Maria Jose Zanini Tauil
Iates brancos...
escunas elegantes...
velas... barcos ancorados...
No alto da colina escarpada,
na alameda coberta de cascalho.
Sento no gramado...
e o pensamento viaja...
Na noite mágica,
uma brisa leve e fresca sopra...
Estremeço... É o outono que chega...
Repasso mentalmente
a vida que passa depressa...
Quem não quer amar
e ser amado?
Esse é o fundamento
de toda a realização,
de toda a felicidade...
Na prática,
acho que sempre me empenhei
No meu íntimo,
guardo um grito velado de amor
Minha mão se estende
na busca de alguém...
na procura do afeto,
que a vida matou...
Se todos conhecessem
a força do amor,
o mundo seria, certamente,
mais equilibrado...
seguro...
feliz...
O amor é a maior resposta
para todas as interrogações
Meu olhar vê mais longe,
perpassa o horizonte,
penetra no além...
Uma freada , ao longe,
traduz com fidelidade
o meu grito de angústia,
de depressão...
Quando o amor não é entendido
nasce a solidão
Não me revolto
com o mistério da dor,
nem estaciono na descrença
O amor me torna um ser aberto
e carrego a bagagem da minha história
de dor, lágrimas e sorrisos...
Meu deserto surge aqui,
em plena agitação da cidade
e as utopias todas
que a minha alma experimenta,
terão fim lá...
onde Deus me aguarda com um abraço...
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13.01.2005,
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