Na trincheira de cordas do meu violão,
me armo de abismos e caminhos,
símbolos e valores;
sou uma floresta de espinhos
ou um campo de flores;
uma mensagem de amor
ou um gesto de violência;
um gemido de dor
ou um grito de independência.
Na trincheira de cordas do meu violão,
sou quem corrige ou quem erra,
quem faz ou desfaz;
ou danço uma dança de guerra
ou canto o meu canto de paz;
sou a mão que afaga
ou a que apedreja;
a boca que ofende
ou a boca que beija;
sou restrito
ou infinito;
sou “mais eu”,
mas sou teu.