Um dia, mandou-me
um bilhete
que dizia assim:
"Minha sereia,
tu és a deusa da areia
ao ver-te fiquei sem alma,
pois ela te acompanhou."
Depois, seguindo o bilhete
vieram flores... e quantas!
das silvestres às mais belas
juntas a um cartão:
"De nada valem
todas as flores do prado
se não puder ser
o teu amado"
E de verso em verso,
canção em canção
ele foi fazendo morada
no meu coração
Declarações...
juras com as quais
jamais sonhei...
Até que um dia,
porque... nem sei
o motivo ou razão
dedilhou ao violão:
"Não... não és mais
aquela garotinha
que eu amei"
Não sei se eu mudei
ou ele foi quem mudou
Foi lindo... infinito...
enquanto durou
(Como já disse o poeta)
A jura?
definitivamente partida
Não sei se por trilhas
curvas ou retas
ele entrou...
e saiu tão de repente
da minha vida...
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